Ao dirigir saudação à 22a Conferência Mundial Pentecostal, reunida nesta capital, o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Olav Fykse Tveit, declarou que o organismo ecumênico e os pentecostais precisam uns dos outros. Ele se disse honrado e abençoado por estar ali como irmão em Cristo.
ALC/CMI
Estocolmo, lunes, 30 de agosto de 2010
Tveit assumiu que “há algumas coisas que só Deus pode nos ensinar quando estamos juntos e experimentamos o que significa carregar a cruz de Cristo”. Afirmou, em seguida, que o movimento ecumênico, como qualquer movimento na igreja, é um movimento da Cruz.
Afirmou ter aceito o convite do bispo James Leggett como um grande incentivo. Contou que ao ser eleito secretário geral do CMI assumiu o compromisso de reforçar as relações com as igrejas que não são membros do organismo ecumênico.
O pastor luterano descreveu o CMI como uma comunhão de vida de 349 igrejas ortodoxas, de herança reformada e independente, de mais de 120 países. “Estamos buscando ser uma resposta à oração de Cristo, de que seus seguidores possam ser um, para que o mundo creia que Jesus vem do Pai, como Senhor e Salvador. Este é o nosso único e verdadeiro chamado: ser e dar testemunho junto à cruz e ressurreição de Cristo, de seguir o chamado de Deus junto ao trabalho da justiça e da paz no mundo, ser um bom vizinho para todos que precisam de nós, qualquer que seja a cor da pele ou a religião que sigam”, assinalou.
Ele está convicto de que as igrejas-membro do CMI precisam dessa ligação mais estreita com as igrejas pentecostais. “É minha humilde convicção de que vocês também precisam. Entre os muitos desafios que enfrentamos na busca pela unidade dos cristãos está a necessidade de superar as divisões e preconceitos pelos quais se excluem. Como São Paulo nos recorda em sua primeira carta aos Coríntios, ‘há muitos membros, mas um só corpo’. Eu não posso dizer a qualquer irmão ou irmã em Cristo que não tenho necessidade dele. Precisamos uns dos outros, porque só em conjunto é que podemos crescer no corpo de Cristo. O mundo precisa de um testemunho comum e credível das igrejas sobre o amor de Deus por este mundo”.
O líder ecumênico disse ter experiências pessoais do que os pentecostais podem oferecer a uma comunidade de igrejas, disse ter sido abençoado com as relações estreitas com membros da família de sua esposa, que pertencem a igrejas pentecostais na Noruega. “Sou grato por ter podido participar dos processos que conduzem à plena adesão das igrejas pentecostais no Conselho Cristão da Noruega”, afiançou.
“Estamos todos à procura de experiências diferentes em nossa vida espiritual e ecumênica”, admitiu. Lembrou de amigo que defendeu tese de doutorado sobre a luta da compreensão do movimento ecumênico no pentecostalismo norueguês. O amigo mostrou os primórdios do movimento pentecostal, ao unir pessoas de diferentes denominações, de diferentes raças, classes e status social em uma oração conjunta, com uma missão e linguagem nova e comum.
“Esta libertação e a renovação do Espírito Santo é um aviso a todos nós, para reconhecer e procurar onde estamos, mas também para saber de onde estão vindo e os novos locais em que vamos encontrar os dons de Deus, para que o Santo Espírito nos capacite para juntos trazer paz e justiça ao mundo”, comparou.
O trabalho do Fórum Cristão Global é mais um sinal maravilhoso que “somos um em Cristo, pois reúne cristãos ortodoxos, católicos, anglicanos, protestantes, evangélicos e cristãos pentecostais para compartilhar sua fé em Cristo e aprender mais sobre o outro.”
Tveit assegurou: “Vocês podem contar com o apoio contínuo do CMI neste esforço e nós confiamos que podemos contar com a sua participação. Contem com minhas orações e do CMI, e que Deus os abençoe ricamente com sua graça abundante”, finalizou.
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