quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Grito dos Excluídos em Belém



Este 16º Grito dos Excluídos, em Belém do Pará, foi a culminância do Plebiscito Popular sobre o limite da propriedade de terra no Brasil, reunindo religiões, sindicatos, organizações populares e movimentos sociais do campo e da cidade.
Na abertura, ocorreu uma celebração inter-religiosa com a presença do Círculo Andino dos Povos Ciganos, da Associação Brasileira de Wicca e das Igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana e Anglicana Tradicional do Brasil.

Durante o percurso foram feitas três paradas. A primeira foi em frente à uma secretaria da Prefeitura de Belém para que os moradores atingidos pelo Portal da Amazônia denunciassem os abusos que vem sofrendo com a imposição deste projeto turístico no bairro do Jurunas. Quem também ecoou seu grito foi a repreentação do Icuí-Gujajará que apresentou o abandono da Prefeitura de Ananindeua com aquela área.

 Já a segunda parada foi em frente às Organizações Rômulo Maiorana, afiliada da Rede Globo. Foi a oportunidade perfeita das organizações repudiarem o posicionamento dos meios de comunicação de massa que defendem em seus programas pseudo-jornalísticos os interesses de quem paga mais e tratam diariamente os movimentos sociais como criminosos.

A terceira parada, aproveitando a temática questão da terra abordada pelo Plebiscito, foi em frente à Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do pará (FAEPA), entidade que representa o agronegócio no estado. Neste momento, quem participava da caminhada prestou sua solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que no último dia 03 de setembro perdeu um de seus integrantes vitimado por numa emboscada, quando jagunços da família Bengtson torturam e mataram José Soares. Josué Bengtson é pastor e já foi deputado federal. Renunciou quando foi ameaçado de ser cassado por participar do escândalo dos "sanguessugas" da saúde pública.

Chegando na Praça da República, ainda teve a apresentação do Grupo de Teatro do Instituto Universidade Popular (UNIPOP) que contou a saga da expulsão das famílias camponesas pelos "grileiros" de terra, apontando que a Campanha Pelo Limite da Propriedade de Terra é uma estratégia de luta popular pela reforma agrária e soberania alimentar.

Fotos: Carlos Alberto
Fonte: Rede CAIC

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